sábado, 22 de janeiro de 2011


Saudades do que fui um dia. Saudades da mãe. Saudades das irmãs, vontade de ter colo pra deitar.

Se soubesse que crescer doia tanto, teria ficado pequena (como se fosse evitável, como se houvesse escolha).

Como se pudesse de alguma forma voltar, no tempo, refazer os passos bebados que eu dou a cada dia.
Saudade de ter onde me encostar. Saudade de umn Portugal que eu nao conheci, la, onde de tras os montes, minha avó sabia que tudo ia dar certo.
Onde raios foi parar a certeza?


Se esta em Deus, estou tranquila, seja entao, como Deus quiser.


Dizia Chico Buarque:

"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar(...)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu(...)


(...)Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus."

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